Nota informativa

Nota Informativa:

Desejo salientar a todos que acompanham o blog do programa cristocêntrico, que nem todas as matérias deste blog não diz respeito a filosofia ou doutrina da direção do programa cristocêntrico ou da Assembléia de Deus de Caaporã.

A direção.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

BATE PAPO COM SILAS MALAFAIA SOBRE PREDESTINAÇÃO

Caro Pastor Silas Malafaia:

Tenho lido nas escrituras textos que sugerem uma Soberania total de Deus em relação à salvação. Ou seja, o contrário do que normalmente aprendemos: que o homem tem livre-arbítrio e que ele escolhe Deus na hora e no dia em que ele mesmo decidir. Atos 16:14 diz que Deus abriu o coração de Lídia. Por que não abriu das outras mulheres? Efésios 1:4 diz que "Ele nos escolheu antes da fundação do mundo" (vejo um decreto aqui e não simplesmente presciência). Ef 2:8-9, fala da graça. Graça é favor não merecido mesmo? Se nós é que aceitamos a Cristo não passamos a ter méritos, uma vez que outros não lhes dão oportunidade? E Romanos 9? Uma vez perguntei sobre predestinação mas me disseram que era para algum trabalho especificamente ou ministério. Tomei um susto ao ler I Tess 5:9 e II Tess 2:13 (a escolha, desde o principio, é para a salvação mesmo). O que faço? Ninguém me explica esses textos, por isso apelei para o senhor que é o maior apologeta pentecostal do Brasil.

Fábio.

Caro irmão Fábio, a paz do Senhor Jesus (resposta em 24/05/2010).

Responder às várias correspondências que recebo diariamente é parte integrante do meu ministério, o que faço com alegria. Todavia, a despeito do meu empenho e de minha equipe, tem-se tornado cada vez mais difícil atender às expectativas de todos os irmãos e amigos que nos escrevem, especialmente, quando se espera urgência na resposta.

Você apresenta uma série de versículos ao que parece na defesa de uma predestinação de certos indivíduos especiais, separados dos demais por decreto divino e sem qualquer interferência do livre arbítrio do homem, o que, segundo diz, anularia a graça.

Infelizmente não tenho como comentar aqui versículo a versículo. Mas não me furtarei à obrigação de dizer o que penso sobre o assunto, embora reconheça que não serei capaz de demovê-lo de uma posição que parece já sustentar. Tanto que já indagou o mesmo a outros pastores e não foi convencido de forma diferente do que pensa.

Algumas igrejas e pregadores apresentam uma eleição individualista, ou seja, Deus escolhe certos indivíduos ao passo que a outros condena de antemão. Pregam uma predestinação fatalista, quem é salvo sempre foi e sempre será salvo, já quem não é salvo nunca foi, nem jamais o será.
Eu não creio na predestinação individual de A ou de B, como se Deus houvesse amado a uns mais do que a outros. É impossível conceber a idéia de que Deus salve a alguns especiais e a outros, simplesmente, condene ao afastamento sem qualquer antecedente lógico.

Não consigo ver Deus traçando um plano pra salvar alguns previamente amados e estabelecendo para outros o destino de perdição eterna. Aliás, esta é uma pergunta feita ao longo dos séculos: Será que as pessoas têm um destino predefinido ao nascerem?

Se isso fosse possível ninguém teria culpa de absolutamente nada. Um estuprador ou qualquer outra pessoa que faz o mal não poderia ser acusado de nada, ele não tem culpa por fazer maldades, esse é o destino dele... Deus não poderia condenar estas pessoas, afinal elas não tiveram escolha.

A Bíblia fala do assunto, eleição e predestinação, isso é um ponto pacífico, mas não fala de exclusão antecipada. Entendo que quando a Bíblia se refere a este tema, predestinação, como no caso de Romanos, diz respeito à predestinação coletiva da Igreja, e não à predestinação de seres especiais.

Os eleitos de Deus são todos os que creram em Jesus, pessoas que se tornaram filhas de Deus. E a partir dessa experiência pessoal, chamada de salvação, passaram a desfrutar da comunhão com o seu Espírito Santo, foram transformadas e introduzidas na Igreja que entrará no céu pelas portas.

É esta igreja, portanto, que não é a igreja local, nem a denominação, que está predestinada. A igreja mística formada pelos santos de todos os tempos e lugares, vivos e mortos. A igreja que é santa e imaculada, que é o Corpo de Cristo, que é a Coluna e firmeza da verdade, que é a Noiva do Cordeiro de Deus.

“Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18).

Querido irmão, Deus em sua onisciência sabe de todas as coisas, independente do tempo ou do espaço. Mas isso não significa que não possa criar um ser com poder de escolha e responsável pelos seus atos. Essa incompreensão tem servido de fulcro para a invenção da predestinação fatalista, como se saber o futuro não fosse diferente de predeterminá-lo.

Todas as coisas estão nuas e patentes diante de Deus, Ele deseja que todos se salvem, mas muitos não atendem ao seu chamado. De qualquer forma, ele predestinou à igreja ao triunfo eterno, sempre que a Bíblia fala sobre predestinação, a onisciência e soberania de Deus juntas em ação, está falando sobre a predestinação coletiva da Igreja.

Se não existisse livre arbítrio significaria que o estado de pecado da humanidade teria sido um plano do próprio Deus, Ele traçou esse destino de pecado e morte para o homem. UM ABSURDO TEOLÓGICO. O que diremos diante destas passagens:

“Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao SENHOR, escolhei hoje a quem sirvais; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao SENHOR” (Js 24.15 – GRIFO NOSSO).

A conclusão a que chegamos é que para se negar o livre arbítrio do homem, é preciso negar também que o caos humano é uma conseqüência dos seus próprios pecados, ou seja, seria preciso afirmar que o estado do homem pecador é um desejo manifestado de Deus.

Contudo, não convém que eu transforme um simples e-mail em um livro, escrevendo tudo que eu já tenho pregado sobre o tema predestinação. Você pode adquirir esta mensagem pelo site ou pelo telefone (0XX21) 2187-7000. Espero que lhe abençoe e enriqueça os seus conhecimentos.

Que as ricas bênçãos de Deus sejam abundantemente derramadas sobre todas as áreas de sua vida.

Pr. Silas Malafaia.

Mulheres não podem ter OFÍCIO de diácono 
Hélio de M. Silva


a. Elas não o têm explicitamente, no N.T.:
 A palavra diakonos só aparece associada a mulheres em Rom 16:1 – “E recomendo-vos Febe, a nossa irmã, sendo ela uma serviçal {diakonon <1249> <substantivo: acusativo, singular, feminino>} da assembléia que está em Cencréia” (LTT – uma tradução literal do TT). Mas só é certo e indiscutível que "sendo ela uma serviçal", tem o sentido AMPLO, no qual TODOS os crentes são servos [diakonos] do Senhor, da igreja local e uns dos outros. Não é certo e indiscutível que isto tem o sentido estrito, no qual somente uns poucos homens têm o OFÍCIO de diácono na igreja. 

b. O mais natural é ver 1Tim 3:11 como uma das qualificações para o diácono
 (sua esposa tem que ser: 1 - honesta, 2 - não maldizente, 3 - sóbria e 4 - fiel em tudo): seria muito estranho que versos 1 – 7 especifiquem os pre-requisitos indispensáveis para o 1o. tipo de oficial (pastor), 8 – 10 para o 2o. (diácono), 11 para um 3o. (diaconisa? diaconisa ou pastora?), 12 – 13 voltassem ao 2o. (diácono)!!!... É muito mais natural ver 1-7 referirem-se ao pastor, 8-13 ao diácono!   

c. Se 1Tim 3:11 permitisse diaconisas, também permitiria pastoras: 
 se GUNÊ deve ser traduzida por “mulheres” e não por “esposas” [de pastores ou de diáconos], e se o texto deve ser entendido como especificando os requisitos que uma mulher (solteira ou casada) deve satisfazer para ser uma oficial da igreja, claramente (compare inícios dos versos 8 e 11) o texto leva a crer que esta mulher poderá exercer os dois tipos de ofícios: diaconato e pastorado.  

d. O N.T. não permite mulher pregar, ensinar (!), nem pastorear a
 igreja. ...  

1Cor 14:34-35,37
 [2] As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei. (35) E, se querem aprender alguma [coisa], interroguem em casa a seus próprios maridos; porque é vergonhoso que as mulheres falem na igreja...  

1Tim 2:11-12 [3] A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. (12) Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre homem [ANDROS], mas que esteja em silêncio.  

[4] 
 

e. Portanto, o N.T. não permite mulher ter o
 ofício de diaconisa (pode poderosa e alegremente servir e ajudar , como todo crente, mas sem ter o ofício, o cargo, o título). Isto é conseqüência inescapável de (c) e (d). Ademais, por que Deus indicaria os requisitos dos pastores separadamente daqueles dos diáconos, mas juntaria os para pastoras e diaconisas??? Por que indicaria, para diáconos, os 16 prerrequisitos já vistos, e, para pastores, 18 prerrequisitos em 1Tim 3 mais 19 prerrequisitos em Tito 1, mas, para pastoras e diaconisas, somente 4 prerrequisitos, conjuntamente, faltando alguns prerrequisitos absolutamente essenciais para esses ofícios??? Que absurda a posição das feministas e dos pastores e igrejas moderninhas revoltadas contra Deus e querendo ter pastoras e diaconisas! Deus nos livre de jamais cairmos neste desvio-desvario...  

 





[1] Primeira e suficientemente, notemos que, em Atos 6:3, Deus mandou “escolhei, pois irmãos, de entre vós, sete homens ...”   ANDROS = homens = machos&adultos;  derivado de “aner”, significa homem, não no sentido geral de ANTROPOS (ser humano), mas no sentido de enfatizar que Deus aqui se referiu só ao sexo masculino, não ao feminino!!! 
[A palavra diaconisa (transliteração do substantivo feminino "diakonissa") é citada por Charles C. Ryrie, no livro Basic Theology p. 485, como existente no Grego Koiné, porém ela jamais foi usada por Deus, no Novo Testamento!]


[2] Notemos que 1Cor 11 começa contexto de adoração pública, na igreja; 14:27-29 mostra contexto de falar miraculosamente em idiomas humanos nunca estudados, e de profetizar [pregar]. Portanto, em 1Cor 14:34-37 Deus não ordenou que a mulher guarde silêncio total e em todas as situações, nunca sequer respondendo “Bom dia”, ou perguntando “Qual hino, por favor?”, mas Deus COM CERTEZA ordena que a mulher, em toda situação pública em que há um homem na audiência, não profetize-pregue, nem ensine (ensinar forçosamente inclui autoridade e repreender/corrigir), nem faça perguntas não humildes mas debatedoras ao homem que estiver pregando-ensinando-liderando, nem miraculosamente falasse em idiomas. (Os dons “espetaculares” foram característicos,exclusivos dos apóstolos e seus auxiliares diretamente escolhidos por eles 2Cor 12:12, e desapareceram aos poucos, ainda durante a vida dos apóstolos, à medida que o N.T. foi se completando).

[3]  Este capítulo (1Tim 2)  lida com adoração pública, na igreja. Notemos que Paulo não segue o verso 12 com um argumento cultural, mas sim (versos 13 e 14) argumenta que, como a mulher foi criada de e depois do homem, e foi enganada quando agiu independentemente da sua liderança, ela não pode ter posição sobre ele. Quem pode corrigir e aperfeiçoar Deus?...

[4] Mas notemos a maravilha de Tito 2:3-5: As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver... (4) Para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos, (5) A [serem] moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seus maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada.!!! Este é o contexto maravilhoso e nobilíssimo designado por Deus para a mulher ensinar. Que privilégio! Como faz tanta falta que pouquíssimas mulheres de Deus incansavelmente passem estes ensinos (através de aulas, conversas, treinamento e exemplos práticos) às suas filhas e sobrinhas, alunas e amigas do trabalho e da igreja, e vizinhas, desde a infância das alunas até a velhice das professoras! Que tarefa nobre, sublime!


Hélio de M. Silva
Igreja Batista Regular Emanuel
João Pessoa-PB

1º Trim. 2012 - Lição 10: Uma Igreja Verdadeira Próspera I

Escrito por  Caramuru Afonso Francisco
    1º Trim. 2012 - Lição 10: Uma Igreja Verdadeira Próspera I
    PORTAL ESCOLA DOMINICAL
    PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2012

    TEMA – A verdadeira prosperidade – a vida cristã abundante

    COMENTARISTA : José Gonçalves

    ESBOÇO Nº 10
    LIÇÃO Nº 10 – UMA IGREJA VERDADEIRAMENTE PRÓSPERA
                                       A prosperidade da Igreja mede-se pelo cumprimento de seu propósito diante de Deus.
    INTRODUÇÃO
    - No início do terceiro e último bloco deste trimestre letivo, estudaremos qual é a verdadeira prosperidade bíblica.
    Para entendermos que é a verdadeira prosperidade bíblica, é preciso sabermos qual o propósito da Igreja sobre a face da Terra.
    I – ISRAEL E A IGREJA
    - Damos início ao terceiro e último bloco do estudo deste trimestre, em que estaremos a estudar a verdadeira prosperidade bíblica, depois de vermos o que é prosperidade na Bíblia e os principais pontos que a “teologia da prosperidade” tem distorcido da sã doutrina para ensinar as suas falácias.
    - Ao estudarmos a doutrina bíblica da prosperidade, faz-se preciso, de pronto, verificarmos qual o propósito de Deus para a Igreja, visto que a prosperidade, como vimos, é um estado de felicidade, de abundância, de fartura, sobretudo espiritual, que somente advém ao homem quando ele está em paz com Deus, quando cumpre o propósito estabelecido pelo Senhor ao ser humano.
    - Com a entrada do pecado no mundo, o homem deixou de cumprir os propósitos estabelecidos por Deus a ele, tendo, porém, o Senhor iniciado a executar o plano para a salvação da humanidade, já previsto desde antes da fundação do mundo, a fim de propiciar ao homem a oportunidade de se reconciliar com o seu Criador.
    - Neste propósito para a salvação do homem, o Senhor teve, na terra, desde os primórdios, um povo através do qual manifestasse o Seu amor para com todos os homens. Assim, a descendência de Sete foi a primeira linhagem piedosa da Terra, pois, com ela, se começou a invocar o nome do Senhor (Gn.4:26), linhagem, porém, que cedo se perverteu com os descendentes de Caim (Gn.6:1,2) e que levou o Senhor a destruir toda a raça humana com o dilúvio (Gn.6:6,7), com exceção de Noé e de sua família (Gn.6:8).
    - Após o dilúvio, com Noé e sua família, o Senhor repovoou a terra, mas esta comunidade única pós-diluviana também se rebelou contra o Senhor, que, então, espalhou a todos sobre a face da Terra com o juízo de Babel (Gn.11:1-9). Desta comunidade única é que surgiram as nações que há sobre a face da Terra, que formam os “gentios” mencionados nas Escrituras.
    - Como os “gentios” haviam se rebelado contra Deus, o Senhor decidiu, então, formar uma nação que fosse sua “propriedade peculiar dentre os povos”, “um povo santo e reino sacerdotal” (Ex.19:5,6) e, por isso, chamou Abrão de Ur dos caldeus para dar início à execução deste projeto. Com Abraão, Isaque e Jacó, Deus dá início à formação do povo de Israel.
    Através de Israel, portanto, o Senhor queria Se fazer conhecido das nações e promover a reconciliação da humanidade com o seu Criador. Escolheu a terra de Canaã para a instalação deste povo e lhe deu a lei a fim de que, pelo seu viver diferente, todas as nações pudessem entender que há um único Deus, Senhor de todas as coisas e que é preciso obedecer-Lhe para que o homem alcance o propósito estabelecido pelo Senhor.
    - Como temos visto ao longo deste trimestre, o fato de Israel ser uma nação biológica e física, fez com que muitas das bênçãos prometidas por Deus a este povo fossem materiais, pois, se assim não fosse, não haveria como o Senhor mostrar aos demais povos a Sua existência e a falsidade dos demais deuses adorados pelas demais gentes.
    - Mesmo assim, como também já vimos ao longo deste trimestre, Deus não deixou de dar prioridade ao aspecto espiritual do relacionamento com o Seu povo, não fazendo de Israel um “império”, tendo, mesmo no auge da história de Israel, nos reinados de Davi e Salomão, demonstrado, claramente, que o Seu povo tinha por proeminência o relacionamento com Deus, uma atitude espiritual diferenciada, um “modus vivendi” completamente diverso do que havia entre as demais nações.
    O papel de Israel era ser “povo santo” e “reino sacerdotal”, ou seja, sua função sobre a face da Terra era o de ser um “povo separado do pecado” e um “reino de sacerdotes”, i.e., “reino formado por mediadores entre Deus e os homens”. Assim, os israelitas se distinguiam dos demais povos porque adoravam a um único Deus e não tinham os costumes pecaminosos dos demais povos como a idolatria, a luxúria e tantas outras coisas presentes em todas as demais nações; porque nem sequer tinham um rei, pois o rei era o próprio Senhor e, por fim, um povo que buscava levar os demais povos a um contato com este único Deus, sem qualquer intenção de dominação, como faziam os demais povos, que, inclusive, não se preocupavam que os povos dominados continuassem a servir aos seus deuses.
    - Infelizmente, Israel falhou neste propósito estabelecido pelo Senhor. Embora no monte Sinai tivessem assumido o compromisso de servir a Deus e a aceitar a lei, os israelitas logo quebraram a aliança ali firmada (Ex.24:5-8). Quarenta dias depois desta aliança, os israelitas já adoraram um bezerro de ouro (Ex.32) e, como resultado disto, somente uma tribo foi chamada para exercer o sacerdócio, a tribo de Levi (Nm.3:1-13).
    - Como se não bastasse a perda da qualidade sacerdotal de todo o povo de Israel, os israelitas, ao ingressarem na Terra Prometida, não destruíram totalmente os povos que ali habitavam e, como resultado disto, acabaram se envolvendo com a idolatria, deixando, também, de viver separados do pecado (Jz.2:1-6,10-23), envolvimento que os fez sofrer as maldições já previstas na lei (Dt.28:15-68) e que levaram à destruição das dez tribos do norte (II Rs.17:1-23) e ao cativeiro das três tribos do sul por setenta anos na Babilônia (II Cr.36:15-23).
    OBS: Os levitas, quando Jeroboão estabeleceu o culto aos bezerros de ouro instalados em Betel e Dã, deixaram o reino do norte e foram habitar com as tribos de Judá e de Benjamim no reino do sul, por isso falamos em três tribos do Sul (I Rs.11:13-15). Lembramos que a tribo de José é contada como duas tribos: Manassés e Efraim (Js.14:4). Por isso, a soma dá treze e não doze tribos.
    - Mas, a própria condição de “reino” diferente foi também retirada de Israel. Os israelitas nunca foram submissos ao Senhor, tanto que, no período dos juízes, faziam o que bem queriam (Jz.21:25), em vez de servirem a Deus, o seu verdadeiro rei (I Sm.8:7). E isto se intensificou quando o povo pediu a Samuel, o último juiz, que fosse constituído “um rei sobre eles, para que ele os julgasse como o tinham todas as nações” (I Sm.8:5).
    - Israel, então, passou a ter reis como todas as demais nações, perdendo, também, esta nota distintiva. Se, no início, os israelitas se submeteram à vontade divina na escolha do rei, o fato é que, pelo menos o reino do norte passou, num determinado instante (a partir do fim da dinastia de Jeú, cf. II Rs.15:8-12), a escolher seus reis sem qualquer consulta ao Senhor (cf. Os.8:4), descaracterizando-se, por completo, pois, o papel que Israel deveria exercer entre as nações.
    Diante da total inobservância por Israel dos compromissos que havia assumido no monte Sinai, renovados quando da entrada em Canaã nos montes Gerizim e Ebal, o Senhor não deixou de advertir Seu povo de que necessária era uma nova aliança, um novo concerto, para que se mantivesse o propósito divino para a salvação da humanidade.
    - O descumprimento da lei por Israel fez com que aquela aliança firmada no Sinai se tornasse “velha”, ou seja, “perto de se acabar” (Hb.8:13), motivo pelo qual Deus levantou profetas anunciando que haveria uma “nova aliança”, um “novo concerto” (Jr.31:31-33), a fim de que Israel pudesse cumprir o seu papel de “povo santo e reino sacerdotal”.
    - Esta nova aliança, este novo tempo seria estabelecido pelo Messias, pelo Filho de Davi, que passou a ser ansiosamente guardado pelo povo de Israel, que, com o cativeiro da Babilônia, entendeu que a velha aliança tinha perdido a sua eficácia, já que o povo, embora tivesse sido mantido existente, ainda que identificada somente em três tribos inteiras, voltou para Canaã mas sem independência política, servindo a outras nações dali por diante (Ne.9:36-38).
    - Entretanto, ao retornarem do cativeiro, os judeus (agora assim chamados visto que o remanescente era do reino de Judá – II Rs.16:6; Ed.4:12), embora tivessem abandonado a idolatria, continuaram a se misturar com os povos das terras, o que foi erradicado tanto por Esdras e Neemias, mas deixaram de servir a Deus com entusiasmo, passando a uma indiferença que foi duramente denunciada pelo profeta Malaquias e que levou o Senhor a um silêncio profético de mais ou menos quatrocentos anos.
    - Depois deste silêncio profético, Deus levanta João Batista com a mensagem de arrependimento aos judeus, a fim de que eles pudessem receber o novo concerto. A mensagem de João Batista era inovadora, pois mostrava aos judeus que eles não se salvariam apenas pela etnia, mas tinham de se arrepender de seus pecados (Mt.3:7-9; Lc.3:7,8).
    - Na sua pregação, João Batista torna mais explícito algo que já era anunciado pelos profetas que o haviam antecedido, ou seja, de que, em o novo concerto, na nova aliança, haveria também alcance aos gentios. João diz que Deus poderia “suscitar das pedras filhos a Abraão” e que “a árvore que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo” (Mt.3:10; Lc.3:9), dando a entender que, se Israel não se convertesse, a “filiação de Abraão” passaria a outros povos.
    - Esta mensagem de João corroborava o que já havia sido dito por Isaías que anunciava que o Messias, o “Servo do Senhor” seria “chamado em justiça, tomado pela mão, guardado e dado por concerto do povo e para luz dos gentios” (Is.42:6) e, porque “Israel não se deixou ajuntar” (Is.49:5), seria “luz dos gentios, para ser a salvação do Senhor até à extremidade da terra” (Is.49:6).
    O Senhor Jesus, o Messias prometido, veio, então, devidamente apresentado por João Batista (Jo.1:26-34), “para as ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mt.15:24), oferecendo-lhes o novo concerto, a nova aliança, para que tivessem a lei do Senhor inscrita em seus corações.
    - Entretanto, Israel O rejeitou (Jo.1:11; 11:46-53), de forma que a nova aliança foi destinada, como profetizado, a todos quantos creram em Cristo e aceitaram esta oferta, tanto judeus quanto gentios (Is.49:6; Jo.1:12; Ef.2:11-16).
    - Ocorreu, então, o que Jesus já havia sinalizado na parábola da figueira estéril (Lc.13:6-9), ou seja, após três anos de ministério, a figueira, que é Israel, não aceitou a oferta do Messias e, por isso, foi cortada, como, aliás, já havia sido dito por João Batista e, no lugar do corte, foi enxertado o zambujeiro, feito participante da raiz e da seiva da oliveira, que é Cristo Jesus (Rm.11:17-21), ou seja, os gentios, que, juntamente com os judeus que creram, formaram um novo povo de Deus: a Igreja.
    - É importante salientar que, apesar de Israel ter rejeitado a Deus, o Senhor não rejeitou o Seu povo (Rm.11:1-5), até porque não cumpriu ele, ainda, o propósito de ser “povo santo e reino sacerdotal” do Senhor, de forma que há promessa para a salvação do remanescente de Israel, não por etnia, mas por fé em Cristo Jesus (Rm.11:23-32).
    - Por isso, razão não têm alguns estudiosos das Escrituras que não aceitam a existência de “dois povos de Deus”, defendendo que Israel foi substituído pela Igreja e que, portanto, não há mais qualquer papel de Israel no plano de Deus para a humanidade.
    - O apóstolo Paulo, sendo o “apóstolo dos gentios” (Rm.11:13), deixou isto bem claro, ao mostrar que o fato de a Igreja ter surgido em virtude da rejeição de Israel, isto em nada retira o papel que Deus reservou a Israel, papel este que será concretizado e cumprido quando do fim da “plenitude dos gentios”, que é a dispensação da graça, quando, então, se cumprirão todas as profecias messiânicas, com o reino milenial de Cristo.
    - Israel não deixou de ser o povo de Deus e a manutenção da identidade ao longo destes séculos é a maior prova disto. Israel está em “estado de profundo sono espiritual” (Rm.11:8) até o instante em que receber vida para ser “o povo santo e o reino sacerdotal” que Deus disse que seria, nunca tendo deixado de ser “a propriedade peculiar de Deus dentre as nações”.
    - No entanto, ante a vinda do Messias e a rejeição por Israel, o Senhor constituiu entre aqueles que receberam a Cristo Jesus como único e suficiente Senhor e Salvador, um povo, formado de judeus e gentios, que são os legítimos “filhos da promessa”, que são os autênticos “filhos de Abraão”, filhos espirituais, a trazer a salvação proporcionada por Jesus. Este é o “Israel de Deus” mencionado por Paulo em Gl.6:16, um povo formado de “novas criaturas” (Gl.6:15), um povo que está “em Cristo Jesus”, na “videira verdadeira” (Jo.15:1-5), um povo para quem “o mundo está crucificado para eles e eles para o mundo” (Gl.6:14).
    - Por isso, a humanidade, aos olhos de Deus, constitui-se de três povos: gentios, judeus e a Igreja (I Co.10:32). Os gentios, aqueles que se rebelaram contra Deus e se mantêm em seus delitos e pecados; os judeus, aqueles que rejeitaram Jesus como o Messias e que se encontram “em profundo sono espiritual”; a Igreja, aqueles judeus e gentios que creram em Jesus como único e suficiente Senhor e Salvador e que desfrutam do perdão dos pecados e da comunhão com Deus.
    - Isto explica, pois, que o que Deus tem reservado para Israel nem sempre é para a Igreja, como já tivemos ocasião de estudar na lição 5 deste trimestre e que não se pode, de modo algum, entender que a prosperidade prevista para Israel seja automaticamente transferida para a Igreja.
    - Israel estava, e ainda está, sob a lei, visto que rejeitou o novo concerto e, por isso, seu patamar não alcançou a “bênção de Abraão”. A Igreja, por sua vez, tendo aceitado a graça que veio por Jesus (Jo.1:17), encontrou o nível, a dimensão da promessa dada a Abraão (Gl.3:14). E qual é esta bênção? É a justificação pela fé, a comunhão com Deus, o perdão dos pecados, a filiação divina, a vida eterna (Gl.3:26; Rm.4:3,23-25; Rm.8:1,2; Jo.5:24).
    II – A IGREJA E A SUA MISSÃO
    - Entendida a distinção entre Israel e a Igreja, temos de verificar qual é o papel que Deus reservou para a Igreja sobre a face da Terra. Ao revelar o “mistério da Igreja”, Jesus disse que “edificaria a Sua Igreja e as portas do inferno não prevaleceriam contra ela” (Mt.16:18). O Senhor, então, de pronto, mostrava que a Igreja seria um povo edificado por Ele, pertencente a Ele e que seria combatido pelo maligno, pelo príncipe deste século.
    - Este combate tem sua razão de ser, pois, o objetivo da Igreja, como nos explica o apóstolo Paulo, é ser um povo que “tenha acesso ao Pai em um mesmo Espírito, crescendo bem ajustado como templo santo no Santo, edificados para morada de Deus em Espírito” (Ef.2:18-22).
    A Igreja é “o corpo de Cristo” (I Co.12:27) e, como tal, devemos evangelizar a paz, como Ele o fez (Ef.2:17) e nos ordenou fazer (Mt.28:18-20; Mc.16:15). Como “corpo de Cristo”, devemos dar fruto permanente para Deus (Jo.15:16; Rm.7:4).
    Como “corpo de Cristo”, devemos prosseguir o que Jesus fez, enquanto esteve em corpo físico sobre esta Terra, ou seja, “andar fazendo bem e curar todos os oprimidos do diabo” (At.10:38).
    Como “corpo de Cristo”, temos de prosseguir o tríplice ofício desempenhado por Jesus enquanto esteve aqui na Terra, qual seja, o de “rei” (Jo.18:37), o de “profeta” (Jo.9:17) e o de “sacerdote” (Hb.6:20).
    - Jesus, ao exercer este tríplice ofício, cumpriu o que estava determinado para Israel. Os israelitas, conforme já vimos, deveriam ser “povo santo e reino sacerdotal”, ou seja, deveriam exercer o papel de “reino”, de “sacerdotes” e de “profetas”. No entanto, fracassaram em todos estes papéis.
    - À Igreja, agora, como “corpo de Cristo”, cabe desempenhar este tríplice ofício. A Igreja é “um reino que não é deste mundo” (Jo.18:36), “o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncie as virtudes d’Aquele que a chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz” (I Pe.2:9).
    A primeira razão de ser da Igreja, portanto, é a pregação do Evangelho aos judeus e aos gentios, ou seja, a anúncio da boa-nova, da boa notícia de que Deus enviou o Seu Filho ao mundo para que todo aquele que n’Ele crê não pereça mas tenha a vida eterna (Jo.3:16). Jesus deixou isto bem claro ao determinar aos discípulos que pregassem o Evangelho a toda a criatura por todo o mundo (Mc.16:15).
    -A Igreja existe para pregar o Evangelho, para continuar a pregação de Jesus (Mc.1:14,15). Este, aliás, é um dos motivos pelos quais a Igreja é chamada de “o corpo de Cristo”, pois deve continuar a fazer o que Jesus fez. Enquanto esteve em Seu ministério terreno, o Senhor ia por todas as partes de Israel pregando o Evangelho, mas, agora, já que os Seus não o receberam, mandou que a Igreja prosseguisse este Seu trabalho, continuando a pregar o Evangelho, só que agora a todas as nações, inclusive aos judeus.
    - Mas a Igreja não serve apenas para pregar o Evangelho. Tem ela também a tarefa de integrar as pessoas que aceitam a salvação no seu interior. Embora a salvação seja imediata e uma operação do Espírito Santo, o fato é que o crente não pode ser deixado à mercê, isolado e sozinho no mundo. Muito pelo contrário, assim que alguém aceita a Cristo como seu Senhor e Salvador, tem de ser integrado na igreja local, no grupo social onde passará os dias aguardando a volta de Cristo(At.2:41,44).
    - Outra função importantíssima que é a do aperfeiçoamento dos santos (Ef.4:11-16), a começar pelo discipulado (At.11:25,26). O crescimento espiritual do salvo somente se dá na igreja local. Este é o modelo bíblico, de modo que sem qualquer respaldo nas Escrituras o falso ensino do “self-service”, tão em voga nos nossos dias, segundo o qual se pode servir a Deus “sozinho”, pois “antes só do que mal acompanhado”. Muitos têm se decepcionado com escândalos, intrigas e injustiças nas igrejas locais, que, como todo grupo social de seres humanos, têm defeitos e problemas (que o digam as igrejas que receberam epístolas dos apóstolos…) e, em meio a estas decepções, não vigiam e se deixam enganar por esta doutrina demoníaca. Precisamos uns dos outros para crescermos espiritualmente, para perseverarmos na fé.
    - A Igreja, como é o povo de Deus na Terra na atual dispensação, é o único povo que pode adorar a Deus, visto que está em comunhão com Ele, já que seus pecados foram tirados por Jesus (Jo.1:29; Rm.5:1). É, portanto, dever da Igreja adorar a Deus, em espírito e em verdade, já que o Pai procura tais adoradores (Jo.4:23). Deve, portanto, a Igreja cumprir este dever de adoração.
    - A Igreja é uma nação santa, é o sal da terra e luz do mundo (Mt.5:13,14) e, por isso, por ainda estar no mundo, embora dele não seja (Jo.17:11,15,16), torna-se o porta-voz natural de Deus para os gentios e para os judeus. A Igreja é a “boca” de Deus para o mundo e, por isso, temos o dever de proclamar a Palavra, de dizer ao mundo qual é a vontade de Deus em todos os assuntos e questões que se apresentarem enquanto perdurar a nossa jornada, a nossa peregrinação. Por isso, tem a Igreja uma missão profética, deve proclamar a Palavra de Deus e exigir o seu cumprimento por grandes e pequenos, sem receio, a exemplo do que faziam os profetas do Antigo Testamento.
    - Como a Igreja foi chamada para dar fruto e fruto permanente (Jo.15:16), frutos, aliás, que são diferentes dos outros povos (Mt.7:15-20), porque se trata do fruto do Espírito (Gl.5:22) e só a Igreja tem e recebeu o Espírito Santo (Jo.14:17), temos que o comportamento da Igreja é diferente do comportamento dos demais homens, sejam judeus, sejam gentios, de sorte que a Igreja acaba por ter, também, uma missão ética, o dever de se portar de modo a não dar escândalo aos outros povos (I Co.10:32), tendo de ter uma conduta que identifique a sua comunhão com o Pai (Mt.5:16).
    - Também por estar no mundo e por se apresentar em grupos sociais, as chamadas “igrejas locais”, a Igreja acaba tendo de ter um papel perante a sociedade, como, aliás, todo grupo social. Os grupos sociais estão reunidos na sociedade, que é o grupo maior, o grupo que tem, por fim, promover a felicidade, o bem-estar, o chamado bem comum. As igrejas locais não fogem a esta obrigação, que decorre da sua própria natureza de ser parte da sociedade. Deus não nos tirou do mundo nem Jesus quis que isto se fizesse (Jo.17:15) e, diante desta realidade, assim como fez Nosso Senhor,devemos, também, ter uma atuação social digna de nota, que sirva de testemunho de nossa comunhão com Deus.
    - Dissemos, há pouco, que a Igreja é o lugar que o Senhor designou para que sirvamos a Ele, pois, isoladamente, ninguém consegue desenvolver-se espiritualmente e chegar até a glorificação, último estágio de nossa salvação. As imperfeições humanas são tantas que o Senhor fez com que nos uníssemos nas igrejas locais, a fim de que cada um ajudasse o outro a crescer espiritualmente e a resistir ao mal até aquele grande dia.
    - Tem-se, portanto, que é dever de cada integrante da Igreja ajudar uns aos outros, por intermédio do aconselhamento cristão(Rm.15:14; Cl.3:16; I Ts.5:11; Hb.3:13; 10:25);  consolar uns aos outros, por intermédio da visitação (I Ts.4:18; Hb.10:24; Tg.5:16);  promover a comunhão uns com os outros, por intermédio da conciliação (Mt.18:15-17;Ef.5:21; Cl.3:13). Afinal de contas, o mandamento deixado pelo Senhor, que é a cabeça da Igreja (Ef.1:22; 5:23) outro não é senão: “Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei” (Jo.15:12).
    - Aliás, a Bíblia ensina-nos que devemos nos amar uns aos outros (Jo.13:35), preferirmo-nos em honra uns aos outros (Rm.12:10), recebermo-nos uns aos outros (Rm.15:7), saudarmo-nos uns aos outros (Rm.16:16), servimo-nos uns aos outros pela caridade (Gl.5:13), suportarmo-nos uns aos outros em amor (Ef.4:2; Cl.3:13), perdoarmo-nos uns aos outros (Ef.4:32; Cl.3:13), sujeitarmo-nos uns aos outros no temor de Deus (Ef.5:21), ensinarmos e admoestarmo-nos uns aos outros (Cl.3:16; Hb.10:25), não mentirmos uns aos outros (Cl.3:9), consolarmo-nos uns aos outros (I Ts.4:18), exortamo-nos e edificarmo-nos uns aos outros (I Ts.5:11; Hb.3:13), considerarmo-nos uns aos outros para nos estimularmos à caridade e às obas obras (Hb.10:24), confessarmos as culpas uns aos outros (Tg.5:16). Diante de tantas recomendações bíblicas, como podemos crer na doutrina do “self-service”?
    - Sendo a Igreja a coluna e firmeza da verdade (I Tm.3:14-16), ao mesmo tempo em que tem o dever de proclamar a Palavra, exigindo de gentios e de judeus a observância das Escrituras, internamente, a Igreja deve preservar a sã doutrina (II Tm.4:1-5; Tt.2:7-10), lutando tenazmente contra os falsos mestres que se introduzem no seu meio (II Pe.2:1-3; Jd.4), conservando, assim, a massa pura, não permitindo que se ponha nela o fermento arruinador (Mt.13:33; 16:6,11; Mc.8:15; Lc.12:1).
    - A Igreja, ainda, como é um organismo vivo, visto que tem vida abundante e está sempre a crescer (Jo.10:10; Cl.2:19), não pode permitir que as coisas desta vida venham a matar a vida espiritual de seus membros. Por isso, é necessário que a Igreja mantenha os seus membros avivados, proporcionando um ambiente de avivamento espiritual contínuo, demonstrando, assim, ter vida em si mesmo, já que é o corpo de Cristo (Jo.5:26).
    - Por fim, a Igreja deve, também, ministrar o “remédio” aos que estiverem espiritualmente doentes e enfraquecidos, aplicando a necessária disciplina divina para a restauração daqueles que se afastarem da comunhão com o Senhor, antes que sejam de todo cortados da videira verdadeira. Por isso, deve impedir a morte espiritual, exercendo a devida disciplina sobre os membros em particular do corpo de Cristo (Mt.18:15-22).
    III – A IGREJA VERDADEIRAMENTE PRÓSPERA
    - Pelo que pudemos observar, então, das atividades que a Igreja, enquanto corpo de Cristo, deve desempenhar sobre a face da Terra, não vemos, em momento algum, que esteja entre elas a de ajuntar tesouros nesta Terra ou de assumir posições de influência ou dominação sócio-político-econômica entre judeus e gentios.
    A Igreja será próspera, ou seja, feliz, bem-sucedida, cumpridora dos propósitos estabelecidos pelo Senhor a ela, se bem executar todas estas ações que a ela são determinadas, com destaque para a evangelização e o aperfeiçoamento dos santos.
    Para bem realizar tais tarefas, a Igreja tem necessidade é da operação do Espírito Santo, que o Senhor mandou para que ela não ficasse órfã neste mundo (Jo.14:18). O Espírito Santo, que habita na Igreja e está em cada salvo (Jo.14:17), é suficiente para que a Igreja possa se desincumbir de suas obrigações, de seus deveres como povo de Deus.
    A verdadeira prosperidade da Igreja está, pois, em receber e manter o Espírito Santo como seu guia e condutor (Jo.14:26; 16:13,14) até o dia em que Ele a levará ao encontro do Senhor Jesus nos ares.
    - Por isso, em cada igreja local, faz-se necessário que se trabalhe intensamente para que os salvos estejam cheios do Espírito Santo, avivados, como já dissemos supra. É tarefa daqueles que foram postos à frente do povo de Deus que se esforcem para que os salvos tenham cada vez mais intimidade com o Senhor, por intermédio da Palavra de Deus, da oração, do jejum, da busca do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais.
    - Todavia, o que se tem presenciado é que, seguindo os falsos ensinos da “teologia da prosperidade”, muitos têm desviado o foco e as atenções dos crentes para “as coisas desta vida”. Em vez de fazerem de cada crente “geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido para anunciar as virtudes de Jesus Cristo”, tais pessoas têm levado os salvos a buscar os bens materiais, a tentar a satisfação com as riquezas desta terra.
    - Embora o Senhor seja o dono de toda a prata e de todo o ouro (Ag.2:8), Ele não constituiu a Igreja para ser “depositária” destes bens aqui na Terra. O Senhor quer que a Igreja seja, sim, “depositária do Evangelho”, seja a guardiã das boas-novas de salvação da humanidade na pessoa de Jesus.
    - Sendo o “dono do ouro e da prata”, o Senhor faz com que, nesta tarefa, a Igreja independa de recursos econômico-financeiros para realizar a Sua obra. É certo que dá recursos econômico-financeiros às diversas organizações em que está o Seu povo a fim de que se possa realizar a pregação do Evangelho e o aperfeiçoamento dos santos, mas não manda, em absoluto, que os crentes entesourem as riquezas materiais ou delas desfrutem para seu próprio deleite.
    - Quando vemos o apóstolo Paulo pregando o Evangelho em Roma em uma casa alugada (At.28:30), bem percebemos como Deus faz as coisas. Era propósito do Senhor que o apóstolo fosse a então capital do mundo pregar a Sua Palavra (At.23:11) e, portanto, providenciou para que ele para lá fosse como prisioneiro em um navio (At.27:1) e que, estando em Roma, pregasse as boas-novas de salvação tendo suas despesas pagas pelos crentes de Filipo (Fp.2:25).
    - Deus, assim, mostra que cumpre a Sua promessa de suficiência aos Seus servos, inclusive para que se possa realizar a Sua obra. Prova, assim, que é o dono de todas as coisas e que, portanto, não deve a Igreja preocupar-se em amealhar patrimônio ou tesouros terrenos, devendo, tão somente, cumprir o propósito estabelecido para ela, a sua missão.
    - Fazer com que os crentes passem a se preocupar com as coisas desta vida, que corram atrás de comida, bebida e vestido nada mais é que tornar os salvos em Cristo Jesus em gentios, pois é esta a finalidade da vida entre eles (Mt.6:31,32), em outras palavras: é fazer os integrantes da Igreja renegarem a própria salvação.
    Fazer parte da Igreja é deixar de fazer parte do mundo e, se estamos no mundo, é para sermos “novas criaturas”, para efetuarmos todas as missões que o Senhor destinou para o Seu povo, que não são poucas, como já tivemos ocasião de verificar.
    Fazer parte da Igreja é ter a esperança na cidade que está nos céus (Fp.3:20,21) e, portanto, não esperar em Cristo para as coisas desta vida (I Co.15:19) e, se o fizermos, seremos os mais miseráveis de todos os homens pois, tendo ingressado “nos lugares celestiais em Cristo”, onde estão “todas as bênçãos espirituais” (Ef.1:3), desviamo-nos do santo mandamento e do caminho da justiça, indo a um último estado que é pior do que o anterior à salvação, cumprindo-se, então, o provérbio :”o cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama” (II Pe.2:18-22).
    - Muitas “fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento, para os quais a escuridão das trevas eternamente se reserva” (II Pe.2:17) têm desviado muitos salvos do caminho santo e os levado a este “espojadouro de lama” que são as “campanhas de prosperidade” e toda a sorte de peripécias que se têm criado visando estimular a ganância e o materialismo entre os que cristãos se dizem ser.
    - Uma igreja verdadeiramente próspera não é aquela que vê seus membros galgarem posições na sociedade nem tampouco terem elevação da sua renda, mas, sim, a igreja cujos membros cada vez mais se santificam e se aproximam do Senhor Jesus, onde há um enriquecimento em Cristo Jesus, em toda a palavra, em todo o conhecimento, com a confirmação do testemunho de Cristo entre os salvos, onde nenhum dom falta e onde o que se espera é a manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo (I Co.1:5-7).
    Uma igreja verdadeiramente próspera é aquela que, embora não tenha prata nem ouro, tem o poder de Deus para realizar sinais e maravilhas com intuito de transformar vidas e convertê-las a Cristo Jesus (At.3:6; 4:4).
    Uma igreja verdadeiramente próspera é aquela que apresenta um testemunho que a diferencia de gentios e de judeus (At.5:12,13), que demonstre conversão a Deus para servi-l’O (I Ts.1:9).
    Uma igreja verdadeiramente próspera não é uma igreja que se entenda materialmente rica e que nada tem falta, pois, quando isto acontece, está-se, a exemplo de Laodiceia, diante de uma igreja que é, na verdade, desgraçada, miserável, pobre, cega e nua (Ap.3:17). A propósito, como diz Russell Shedd: “A igreja local da cidade rica já abraçara a acomodada atitude prevalecente da soberba das riquezas. Imaginava que possuía grandes riquezas espirituais e virtudes cristãs. As riquezas materiais produzem uma conformidade fatal com os padrões morais mundanos (cf. Os.12:8; Lc.1:53).” (BÍBLIA SHEDD, com. Ap.3:17, p.1763).
    O enriquecimento que se tem de ter na Igreja é o enriquecimento espiritual, que só é obtido mediante “o ouro provado no fogo”, ou seja, mediante a purificação obtida pela comunhão com o Senhor, “…a verdadeira riqueza celestial, sem máculas nem tristezas (Mt.6:19,20; Lc.12:21).…” (BÍBLIA SHEDD, com. Ap.3:18, p.1763). “…O ouro, o mais precioso dos metais, representa, na Bíblia, a glória de Deus. Quando uma igreja é esforçada na Obra do Senhor, trabalhando não com intuito apenas de se mostrar ao mundo, de competir, ostentando seus talentos ou habilidades, mas trabalhando para glória de Deus, para edificação da igreja, e para a salvação dos perdidos, este trabalho representa ouro, prata e pedras preciosas para Deus (I Co.3:10-15)…” (OLIVEIRA, José Serafim de. Desvendando o Apocalipse, p.28).
    - Por isso, uma igreja verdadeiramente próspera é aquela que efetivamente trabalha para ganhar almas para o Senhor Jesus, que não descansa enquanto o Senhor não vier, a alcançar os perdidos, sejam judeus ou gentios, levando-lhes a Palavra do Senhor.
    - Não há prosperidade se não se cumprir o propósito do Senhor e não há como uma igreja ser verdadeiramente próspera se não cumprir toda a missão que o Senhor lhe confiou. Temos buscado a verdadeira prosperidade em nossa igreja local?
    Colaboração para o Portal Escola Dominical – Ev. Prof. Dr.Caramuru Afonso Francisco

    Igrejas Universal e Mundial são seitas, diz Igreja Presbiteriana

    A restrição que pastores e teólogos já faziam a respeito da teologia pregada pela Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) foi assumida de forma oficial pela Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB). A denominação de Edir Macedo foi considerada seita pela congregação histórica.  A Mundial do Poder de Deus, liderada pelo apóstolo Valdemiro Santiago - dissidente da Universal -, entrou  na mesma classificação.
    "Essas igrejas não têm nenhuma preocupação quanto a fundamentação bíblica de suas crenças. É muito mais Deus me revelou, Deus me falou, do que propriamente uma consistência exegética, hermenêutica, de um estudo mais detalhado das escrituras. É muito mais catolicismo do que protestantismo”, justificou o reverendo Ludgero Bonilha Morais, secretário executivo do Supremo Concílio da IPB.
    Em entrevista ao Guia-me, Ludgero explicou por que a igreja que não faz re-batismos decidiu desconsiderar o ritual de arrependimento realizado por João Batista que é feito pelas duas denominações neopentecostais.  
    "Nós entendemos que determinados batismos não ocorreram, eles utilizaram-se de uma gíria evangélica, mas o batismo efetivamente não aconteceu”, disse o reverendo.
    Em comum entre as duas igrejas está a defesa da Teologia da Prosperidade, que ganhou força no Brasil na década de 1980. Denominações como Verbo da Vida e nomes como Valnice Milhomens propagaram os ensinos da confissão positiva no país.    
    Guia-me: Foi definido na última assembleia do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) que as igrejas Universal do Reino de Deus e Mundial do Poder de Deus são seitas. O que levou a IPB assumir essa decisão? Por que elas são consideradas seitas?
    Rev.  Ludgero: Por causa dos estudos que nós fizemos quanto a teologia dessa igreja [Universal]. É uma igreja que tem uma ênfase desproporcional em relação às pessoas da trindade, a dificuldade que sem tem em relação a singularidade das Escrituras, a defesa quanto ao aborto. São coisas dessa natureza.
    Guia-me: Foram consideradas seitas apenas essas duas: Universal e Mundial?
    Rev.  Ludgero: A Mundial por causa da ênfase exagerada de revelações extra-Escrituras e uma ênfase muito grande na questão do milagre em detrimento da mensagem do Evangelho.
    Guia-me: Essa decisão também inclui a doutrina da Teologia da Prosperidade?
    Rev.  Ludgero: Sim, também.
    Ludgero critica autoridades espirituais que não são
    questionadas. "A Bíblia diz claramente que quando um
    profeta fala os outros devem julgar", afirma.
    Guia-me:  A Teologia da Prosperidade ganhou uma força muito grande nas décadas de 1980 e 1990 no Brasil com igrejas como Verbo da Vida e nomes como a apóstola Valnice Milhomens. Por que só agora a IPB tomou essa iniciativa?
    Rev.  Ludgero: Porque a Igreja Presbiteriana é muito consistente. As decisões do Supremo Concílio acontecem de quatro em quatro anos e nós não tomamos decisões precipitadas. Elas são estudadas, analisadas. Essas igrejas que estão acontecendo agora não têm declarações confessionais escritas.  Muitas dessas afirmações são simplesmente verbais.
    Um pastor de uma determinada igreja como essas diz alguma coisa no sul, e um outro pastor da mesma igreja diz outra coisa completamente disparatada no norte. Nós não temos uma consistência nas declarações. Por isso a gente espera que as igrejas se afirmem através de documentos, livros, publicações. Ao aguardar esses livros, evidentemente demora para firmarmos uma posição que já sabemos mas não podemos provar porque não tem uma documentação a respeito.
    Guia-me: Mesmo que não tenham uma documentação, essas igrejas - desde Kenneth Hagin até Benny Hin - se baseiam biblicamente para justificar as suas crenças. A decisão da IPB seria um esforço para conter esse movimento de fé que conquista cada vez mais fiéis?
    Rev.  Ludgero: Essas igrejas não têm nenhuma preocupação quanto a fundamentação bíblica de suas crenças. É muito mais Deus me revelou, Deus me falou, do que propriamente uma consistência exegética, hermenêutica, de um estudo mais detalhado das escrituras. É muito mais catolicismo do que protestantismo.
    Absolutamente não queremos conter ninguém. O fato é que não estamos preocupados com eles, mas com gente que vem dessas igrejas e que desejam se tornar membros da Igreja Presbiteriana. Como é que vamos recebê-los? É aí que nos preocupamos.
    Guia-me: Vocês chegaram a decidir algo sobre outras denominações neopentecostais?
    Rev.  Ludgero: Não. Somente essas duas.
    Guia-me: Qual a opinião da IPB a respeito das denominações que acreditam num processo de cura interior, de que o crente precisa ser liberto do que ele fez antes de se converter?
    Rev.  Ludgero: O que nós cremos é que no momento que uma pessoa aceita a Cristo como seu salvador, as coisas velhas se passam e eis que tudo se faz novo. Essas maldições hereditárias, essa bobajada toda que está sendo proclamada ultimamente, tem muito mais a vê com um conceito equivocado da obra perfeita e acabada de Cristo do que qualquer outra coisa.
    Quando a obra de Cristo é aplicada na vida do crente, a Bíblia diz: - Para esse não há mais condenação. As coisas velhas passaram. Os pecados anteriormente cometidos foram todos perdoados, limpados e não há mais do que tratar desse assunto.
    Guia-me: O que o senhor pensa a respeito de influenciar o mundo físico a partir do mundo espiritual, quando por exemplo é declarado a passagem de Isaías 53:5 – "o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados"?
    Rev.  Ludgero: Veja só, o fato é o seguinte: Todos os seres humanos crentes, por mais piedosos que sejam inclusive, morrerão de alguma enfermidade. O sujeito está com 90 anos, ele morre da falência dos seus órgãos. Então a enfermidade é parte da queda da raça humana. O crente é salvo, mas, no entanto, não é colocado debaixo de uma redoma, ele não está protegido das intempéries da existência. Existem enfermidades que têm uma gênese num determinado pecado específico. O sujeito cometeu um determinado pecado,ele pode se enfermar por causa daquilo.
    Agora existem várias enfermidades que não tem absolutamente nada a ver com questões propriamente de pecados específicos. O sujeito deu uma topada no degrau de uma escada e quebrou o dedão, não obrigatoriamente que isso seja relacionado a uma queda espiritual.  Ele pode sofrer um acidente, ficar gripado, morrer de câncer e assim por diante. Isso faz parte de que nos vivemos de um mundo em queda. O pecado afetou a todos. Nós somos salvos, mas a nossa salvação se completa somente na glorificação. Paulo diz isso claramente na carta aos Romanos, que aquilo que é mortal não pode herdar a imortalidade, aquilo que é corruptível não pode  herdar a incorruptibilidade.  
    Portanto, seja eu, você, o bispo Macedo ou qualquer um de nós estamos sujeitos a nos enfermar.
    Igreja Mundial foi considerada seita pela Igreja Presbiteriana do Brasil
    "por causa da ênfase exagerada de revelações extra-Escrituras e uma
    ênfase muito grande na questão do milagre em detrimento da mensagem
    do Evangelho".
    Guia-me: Na sua opinião,  a Igreja evangélica brasileira cresce de forma saudável à luz das Escrituras ou é apenas algo quantitativo?
    Rev.  Ludgero: Há muito mais quantidade do que qualidade. O fato é o seguinte: a Igreja evangélica no Brasil hoje está muito mais influenciada por esses líderes carismáticos que passam a ter uma hegemonia sobre a Igreja. A Bíblia diz claramente que quando um profeta fala os outros devem julgar. Então esse tipo de julgamento, esse critério da Igreja, claro que só uma Igreja amadurecida pode fazer isso, não está acontecendo nos nossos dias.
    Infelizmente há muita gente entrando para as igrejas neopentecostais mas sem nenhum conhecimento da Palavra de Deus. Não há um estudo sério da Bíblia. São pessoas praticamente ignorantes quanto a Palavra de Deus mas se fiam muito naquilo que o profeta ou o apóstolo falou. É essa coisa de autoridade espiritual sem questionamento.
    Guia-me: Tanto que é bastante comum a pessoa se converter numa igreja neopentecostal e acabar migrando para uma denominação com mais solidez bíblica.
    Rev.  Ludgero: Sim. É por isso a decisão do Supremo Concílio. Muitas pessoas estão vindo para a nossa igreja, da Igreja Universal, da Igreja Mundial da Graça. Muitas pessoas.
    Guia-me: Por que foi decidido que o batismo dessas igrejas não seria válido?
    Rev.  Ludgero: Nós não rebatizamos. Nós entendemos que determinados batismos não ocorreram, eles utilizaram-se de uma gíria evangélica, mas o batismo efetivamente não aconteceu. É como acontece, por exemplo, com o nosso conceito em relação ao batismo católico romano. Nós não rebatizamos, nós batizamos.
    Por Felipe Pinheiro