Nota informativa

Nota Informativa:

Desejo salientar a todos que acompanham o blog do programa cristocêntrico, que nem todas as matérias deste blog não diz respeito a filosofia ou doutrina da direção do programa cristocêntrico ou da Assembléia de Deus de Caaporã.

A direção.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

O ensino bíblico sobre a profecia

O ensino bíblico sobre a profecia 

Aspectos distintos da atividade profética

Quando estudamos a atividade profética na Bíblia Sagrada, encontramo-la manifestando-se em três aspectos distintos.

Em primeiro lugar, vemos a profecia como ministério permanente recebido de Deus no Antigo Testamento, em Israel (Hb 1.1; 2Pe 1.19 e Jr 35.15).

Em segundo lugar, identificamos no Novo Testamento a profecia como um dom ministerial na Igreja (Ef 4.11-13; 1Co 12.28-29 e Ef 2.20).

Por fim, vemos ainda no Novo Testamento a profecia como dom espiritual na Igreja, na congregação (At 2.17-18; 1Co 12.10; 14.1-4, 29-40; Rm 12.6-8).
 
Profecia no Novo Testamento
  
Falaremos nesse ponto sobre o dom ministerial de profeta no Novo Testamento. Trata-se do ministério profético na Nova Aliança. Não confundir com o dom de profecia.

O termo profeta, como já vimos, significa literalmente porta-voz, como em Êxodo 7.1 e Lucas 1.70. Essa é a idéia do ministério profético.

As diferenças entre o ministério profético (dom ministerial) e o dom de profecia são as seguintes:
 
1) O ministério profético não é para todos. “São todos profetas?”, 1Co 12.29. Em Éfesios 4.11, Paulo diz que Deus “deu uns” para profetas. O dom espiritual de profecia, ao contrário, é para todos: “Todos podereis profetizar”, 1Co 14.31.

2) O dom de profecia é uma capacitação sobrenatural do Espírito Santo concedida a uma pessoa da congregação, do povo, para transmitir a mensagem de Deus. O ministério profético resultante do respectivo dom ministerial é, por sua vez, exercido através de um ministro dado por Deus à Igreja.

A profecia no ministério profético, como aqui abordado, não é a pregação comum. É uma mensagem divina revelada no momento, ao passo que a pregação habitual é estudada, preparada (1Tm 5.17b).

3) No dom de profecia, Deus usa principalmente o aparelho fonador da pessoa; no ministério profético, Deus usa principalmente a mente da pessoa.

4) O dom de profecia tem âmbito local, congregacional; o dom ministerial tem âmbito geral e itinerante (At 11.27; 13.1,3 e 15.32-34).
 
Precisamos de ambos hoje na Igreja! (Pv 29.18; At 15.32). A Bíblia diz, em Atos, que os “profetas exortaram e confirmaram os irmãos com muitas palavras”.
A unção divina sobre o profeta costuma ser repentina. No mestre, costuma ser durativa.

O forte do profeta como dom ministerial é expor os padrões de justiça divina para o povo. O profeta é um arauto da santidade de Deus. O seu espírito ferve com isso. Ele foi chamado para isso, geme por causa disso, da santidade de Deus e de tudo o que é dEle!

A mensagem de Deus sai da mente e da boca do profeta como chamas de fogo santo e divino. João 5.35 diz de João Batista, o profeta: “Ele era candeia que ardia”. O profeta de Deus faz o carnal estremecer, parar e considerar o seu mau e tortuoso caminho (At 24.24-25). O profeta recebe de Deus amplas revelações divinas (Ef 3.5).

Vejamos, agora, um pouco sobre o dom de profecia.

A finalidade do dom de profecia (1Co 12.10 e 14.3,31) na congregação é edificar, consolar, exortar e predizer. Paulo apresenta razões pelas quais o dom de profecia é o principal dom espiritual (1Co 13.2 e 14.1,5,39).

A profecia edifica a congregação como um corpo, e não apenas como indivíduos (1Co 14.4). Ela é um meio de expressão dos demais dons (1Tm 4.14).

A profecia é também um sinal para a Igreja, ao passo que as línguas são um sinal para os fiéis (1Co 14.22). A profecia não se destina a dirigir pessoas e congregações. Em Atos 15, vemos uma assembléia cristã reunida, tendo profetas presentes (At 15.32), mas quem dirigiu a assembléia foi Tiago, o pastor (At 15.15). No Antigo Testamento, não era o profeta que dirigia a congregação, mas o sacerdote.

Os dois aspectos da profecia são a profecia das Escrituras, a qual é inerrante (2Pd 1.20 e Jo 10.35b), e a profecia da Igreja. Esta última pode ser julgada (1Co 14.29), isso porque o profeta pode vir a falar do seu próprio espírito (Ez 13.3 e 1Cr 17.2-5,11-12).

Não é Deus mesmo quem fala no momento da profecia hoje. É o profeta quem fala, transmitindo a mensagem de Deus (1Co 14.29). Se fosse Deus mesmo quem falasse, a mensagem não precisaria ser julgada (1Ts 5.21; 2Pd 2.1-3; 1Jo4.1 e Pv 14.15).

A manifestação do dom de profecia (bem como os demais dons) durante o culto deve ter limite: “Falem dois ou três profetas”, 1Co 14.29. Isso significa que a maior parte do tempo do culto deve ser para exposição da Palavra de Deus.

No próximo artigo, falaremos sobre alguns conselhos bíblicos para o exercício dos dons espirituais

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